Ao desenvolver seu aplicativo, o banco de dados que você escolher pode afetar a velocidade de recuperação de dados, a escalabilidade e o desempenho geral. O MongoDB e o Redis são opções populares no gerenciamento moderno de bancos de dados.

Ambos são bancos de dados NoSQL escaláveis e de código aberto que oferecem resultados bastante comparáveis em termos de facilidade e velocidade. Cada um tem pontos fortes exclusivos que atendem a diferentes necessidades dos desenvolvedores.

Este artigo explorará as semelhanças e diferenças entre o MongoDB e o Redis para ajudar a determinar qual é o mais adequado para o seu projeto. Tomar a decisão certa agora poderá evitar grandes dores de cabeça no futuro.

MongoDB vs Redis: Armazenamento diferente para necessidades diferentes

Aplicativos diferentes exigem arquiteturas de banco de dados diferentes, o que significa que o MongoDB e o Redis podem se adaptar melhor a cenários exclusivos. A diferença mais significativa entre os dois é o respectivo modelo de armazenamento, que pode afetar a velocidade de recuperação de dados, o volume de armazenamento e o risco de perda de dados e falhas.

O MongoDB armazena dados no disco como coleções de documentos BSON (Binary JSON), por padrão. Esse armazenamento em disco oferece maior volume de armazenamento e menor risco de falhas no sistema. O armazenamento como documentos BSON permite que o MongoDB acomode os vários tipos de dados que o JSON normal não consegue analisar. Além disso, pode armazenar dados na memória ou na nuvem.

Ainda mais, o MongoDB não tem schema ou estrutura de dados fixa e não exige a criação de estruturas de documentos. Isso o torna mais acessível para iniciantes e mais rápido no processamento de grandes quantidades de dados ao longo do tempo.

O MongoDB também oferece escalabilidade superior, com uma impressionante variedade de opções horizontais, verticais e elásticas. Esses pontos fazem o banco de dados facilmente adaptável a mudanças subsequentes, tornando-o mais adequado para startups e empresas que devem levar em conta o potencial de desenvolvimento e crescimento.

Entretanto, se o seu projeto envolve dados que mudam rapidamente, o Redis é a melhor opção. A versatilidade do Redis vem do modo de armazenar dados em formatos de chave/valor que suportam uma ampla variedade de tipos de dados. E também pode funcionar como um servidor de mensagens e cache.

Ao contrário do MongoDB, o Redis usa armazenamento in-memory com persistência no disco, o que permite que processe dados de entrada na RAM mais rapidamente do que o MongoDB. Além disso, seu armazenamento na memória o torna mais adequado para análise em tempo real, como segmentação de anúncios, análise de mídia social, Apache Kafka e outras soluções de streaming.

Arquitetura do banco de dados

A arquitetura do banco de dados determina as regras para coleta, armazenamento, recuperação, aprimoramento e integração de dados num sistema de gerenciamento do banco de dados específico. Um sólido entendimento dessa arquitetura é essencial porque afeta o desempenho e a escalabilidade do banco de dados.

O MongoDB usa arquitetura orientada a documentos e linguagem de consulta não estruturada, o que significa que não precisa armazenar dados em linhas e colunas. Os documentos têm schema e estrutura flexíveis, que permitem a inserção ou a remoção de campos ao longo do tempo. Suporta perfeitamente dados hierárquicos e aninhados.

O MongoDB também usa BSON, o que significa que o armazenamento de dados pode suportar muitos tipos de arquivos geralmente não suportados por bancos de dados SQL. Mas requer muito espaço de armazenamento devido à alta taxa de replicação de dados. E também não tem chaves estrangeiras e junções.

No entanto, o Redis se baseia fortemente em armazenamentos de chave/valor, que mantêm os dados em uma coleção distinta contendo dois itens: uma chave e o valor atribuído a ela. Ele usa um identificador exclusivo (uma chave) para armazenar e recuperar dados específicos. Essas chaves são armazenadas em um dicionário e exigem um analisador para permitir que processem vários valores (porque cada chave só pode conter um único valor por padrão).

O Redis também oferece suporte a várias estruturas de dados e valores, como hashes, strings, conjuntos, listas, conjuntos ordenados, fluxos, índices geoespaciais e bitmaps. Mas seu armazenamento é restrito pelo espaço de armazenamento disponível na RAM, e os dados armazenados não são tão escaláveis ou facilmente acessíveis ao longo do tempo.

MongoDB vs Redis: principais diferenças

A tabela abaixo mostra as principais diferenças e semelhanças entre o MongoDB e o Redis:

MongoDB Redis
Velocidade A estrutura schema-less permite alta velocidade quando grandes volumes de dados são armazenados no disco. Muito mais rápido que o MongoDB, exceto quando grandes quantidades de dados estão em seu armazenamento in-memory.
Escalabilidade A fragmentação integrada permite o dimensionamento em várias regiões geográficas e nodes.

Habilita operações de fragmentação com hash, fragmentação dinâmica, fragmentação por zona e fragmentação cruzada.

Backups multinuvem consistentes são facilmente acessados com o MongoDB Atlas.

Suporte a múltiplos idiomas na comunidade e em todos os drivers oficiais.

O cluster Redis permite escalabilidade.

Somente fragmentação com hash. Os fragmentos são mantidos manualmente.

Não há consistência no backup de fragmentos.

O suporte de drivers é limitado.

Integridade de dados transacionais Suporte a transações multidocumentos ACID, com sintaxe multideclaração. Suporte a transações multicomando e multirregistro.

Sem suporte padrão para rollback.

Uso de memória Armazenamento em disco. Consome muita memória, cerca de 1 GB por 100.000 ativos. Armazenamento in-memory. Requer cerca de 4 GB de RAM.

Maior uso de memória do que o MongoDB.

Índices Criação de índices fácil e diversificada.

O Performance Advisor do MongoDB Atlas pode recomendar novos índices aos usuários.

Os índices secundários podem ser facilmente usados para criar aplicativos para processar dados de várias maneiras.

Índices secundários não são fáceis de criar e são mantidos manualmente.
Alta disponibilidade Alta disponibilidade por meio de replicação. Alta disponibilidade por meio de replicação primária e secundária em vários nós e centros de serviços.
Linguagem de consulta A API MongoDB Query consulta documentos por meio de pesquisas de texto, intervalos, e chaves únicas ou múltiplas.

Cria visualizações materializadas dos dados recuperados (sob demanda) e realiza consultas geoespaciais e busca em grafos.

Apenas consultas de valor-chave. Funcionalidade de consulta inferior, que pode ser aprimorada com módulos Redis externos.
Armazenamento persistente O recurso de volume persistente no Kubernetes provê persistência de dados/armazenamento. A persistência de dados Append-Only File e o Snapshot ajudam no armazenamento persistente.
Agregação de dados Finalidade única, função de redução de mapa e pipeline de agregação permitem agregação de dados.

O MongoDB Atlas usa o construtor de pipeline de agregação para criar e processar pipelines de agregação.

São usados a função de redução de mapa e pipelines de agregação.

MongoDB vs Redis: Usos ideais

Embora seja essencial comparar as especificações ao decidir entre duas tecnologias, o melhor sistema de banco de dados para você depende muito do tipo de aplicativo que está desenvolvendo.

Se a alta velocidade e a baixa latência forem os fatores decisivos, então o Redis é o principal concorrente para um desempenho ideal. Ele pode lidar com a carga de trabalho de detecção de fraudes ou desenvolvimento de jogos modernos em aplicativos que precisam processar grandes quantidades de dados em tempo real e em constante alteração de forma rápida e eficaz.

Enquanto isso, o MongoDB é melhor em termos de escalabilidade e confiabilidade, o que o torna ideal para aplicativos que armazenam grandes volumes de dados por um longo período. Alguns exemplos são sites de eCommerce, aplicativos de compartilhamento de fotos e programas de benefícios para funcionários.

Redis com Kinsta

O complemento Redis da Kinsta é um cache de objeto persistente usado para aprimorar a função cache de página em sites altamente dinâmicos, como fóruns de discussão, sites de membros, sites de eCommerce, fóruns e blogs altamente ativos.

Ele também pode ajudar seus projetos do WordPress, permitindo o armazenamento persistente de valores gerados pelo cache de objetos nativo do WordPress. O armazenamento persistente permitirá que seu projeto reutilize objetos armazenados em cache em vez de consultar o banco de dados MySQL duas vezes (ou mais) para o mesmo objeto. Em última análise, isso reduz o tempo de resposta de um site e a carga em seu banco de dados MySQL, ao mesmo tempo que aumenta a capacidade de processar tráfego.

Resumo

O MongoDB e o Redis são excelentes opções de gerenciamento de banco de dados. Suas diferenças em armazenamento, modelo, arquitetura e recursos significam que a escolha certa para você depende das necessidades específicas do seu projeto.

O MongoDB é estável, confiável e mais adequado para projetos de uso geral. Entretanto, seu modelo de armazenamento em disco o torna mais lento no processamento de dados em tempo real.

Já o armazenamento in-memory do Redis o torna muito melhor para lidar com grandes volumes de dados em tempo real. Em contrapartida, não é facilmente escalável e oferece uma dificuldade um tanto maior para desenvolvedores mais novos.

O complemento Redis da Kinsta permite que você integre confortavelmente o Redis ao seu projeto sem se preocupar com as complexidades do seu gerenciamento. Também aumenta sua produtividade, permitindo que você se concentre em outras questões do seu negócio.

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Jeremy Holcombe Kinsta

Editor de Conteúdo & Marketing na Kinsta, Desenvolvedor Web WordPress e Escritor de Conteúdo. Fora do universo WordPress, eu curto praia, golfe e filmes. Também enfrento problemas de gente alta ;).