Um nome de domínio totalmente qualificado ou FQDN é a URL completa de um determinado site, ou servidor. Usar o FQDN de um site é frequentemente mais confiável do que usar seu endereço IP ou, em alguns casos, seu nome de domínio parcialmente qualificado.
Por exemplo, digamos que a URL do site da sua empresa seja “suaempresa.com”. Se você estivesse hospedando um serviço de e-mail no site da sua empresa (o que provavelmente faria), o serviço de e-mail poderia ter um FQDN de mail.suaempresa.com. Ao especificar “mail.” antes do restante do nome do domínio, você forneceu um nome de domínio totalmente qualificado que se refere a um serviço específico.
Se essa explicação não estiver totalmente clara para você, não há motivo para preocupação. Neste artigo, vamos explorar detalhadamente os FQDNs, entender como eles funcionam e discutir as situações em que você pode (ou não) querer utilizá-los.
O que é um Nome de Domínio Totalmente Qualificado?
Um nome de domínio totalmente qualificado (FQDN) é o nome de domínio completo de um servidor ou host específico na Internet. Mas o que torna um nome de domínio “completo”?
A resposta depende do domínio – e de várias partes.
Enquanto um host pode ter um FQDN de “www.myserver.com”, outro pode ter um FQDN de “mail.anotherserver.com”. Para o segundo caso, se especificar o subdomínio “mail” for necessário para acessar um host específico (neste caso, provavelmente é um servidor de e-mail), então “mail.anotherserver.com” é o FQDN desse host.
Para tornar isso um pouco mais simples, um FQDN é como o caminho completo para um host específico na internet. Cada elemento do nome de domínio (como o próprio nome, a extensão “.com“, e assim por diante) representa uma etapa desse caminho, e o FQDN é a junção de todas essas partes, formando o endereço completo.
É quase como especificar um número de apartamento após o endereço de um prédio de apartamentos. Por exemplo, se você morasse na unidade 21 de 123 Kinsta Drive, então “123 Kinsta Drive #21” ou “123-21 Kinsta Drive” seria o FQDN do seu apartamento. Como veremos mais tarde, o endereço do próprio prédio de apartamentos é chamado de domínio parcialmente qualificado (PQDN).
Para compreender melhor esse conceito, vamos explorar a estrutura dos FQDNs e dos nomes de domínio de maneira mais ampla.
Estrutura de um FQDN
Um FQDN consiste de duas partes distintas: um nome de host e um nome de domínio. Voltando ao exemplo do “myserver.com”, “myserver” é o nome do host, enquanto “.com” é o nome de domínio.
Mas o endereço completo (“myserver.com”) não é tecnicamente o nome de domínio? Sim, mas há algumas distinções. Dependendo do que você está se referindo, alguns termos podem até mesmo ser usados intercambiavelmente – até mesmo pelo seu registrador de domínio!
Antes que as coisas fiquem muito complicadas, vamos olhar para um exemplo claro.
O domínio mostrado no link é uma URL completa ou um localizador uniforme de recursos. Neste caso, o FQDN é apenas “www.internetx.com”, com “internetx” como domínio de segundo nível e “.com” como extensão de domínio de primeiro nível. Juntos, os domínios de primeiro e segundo nível se unem para formar o único nome de domínio “internetx.com”
Mas o nosso FQDN ainda não está completo! Precisamos de mais um componente, que é o nome do subdomínio.
Por padrão, o subdomínio para a maioria das URLs é “www”, abreviação para World-Wide Web. Este subdomínio especifica que o nome do domínio pode ser visto em um navegador da web e acessado usando o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP, ou o prefixo “https://” mostrado na imagem).
Embora você não precise se preocupar com HTTP, o subdomínio é uma parte muito importante de um FQDN. Com o subdomínio padrão “www”, o FQDN do nosso exemplo é “www.internetx.com” Enquanto pode haver variações dependendo de qual página você quer visitar (como “www.internetx.com/contact”), “www.internetx.com” continua sendo o FQDN ou nome do host.
Por exemplo, digamos que você registrou “www.seusite.com” com o registrador do seu domínio.
- .com é o arquivo domínio de primeiro nível
- seusite é o domínio de segundo nível
- seusite.com é o nome de domínio
- www.seusite.com é o nome de domínio totalmente qualificado (FQDN)
Ao especificar o caminho completo “www.seusite.com”, especificamos o nome de domínio completo ou totalmente qualificado.
Agora é onde as coisas ficam um pouco interessantes. Lembra do subdomínio “www?” Bem, acontece que esse não é o único subdomínio possível – ou o único FQDN possível, nesse caso.
Dependendo das configurações do proprietário ou administrador, um host pode ter vários subdomínios que podem ter nomes diferentes de “www”. Vimos isso anteriormente com o exemplo “mail.anotherserver.com”, onde o “mail.” precedente é o subdomínio de “anotherserver.com.”
Aqui, “mail.anotherserver.com” é o FQDN do servidor de e-mail de “anotherserver.com”. O administrador também poderia configurar outro subdomínio, como o “test,” que teria o FQDN separado “test.anotherserver.com”
A partir deste exemplo, você pode ver que é possível que um único domínio tenha múltiplos FQDNs. Como cada subdomínio especifica um recurso diferente (como um servidor de e-mail ou outra coisa), cada um também tem seu próprio FQDN que também especifica esse mesmo recurso. Em outras palavras, se você quiser acessar algo específico em uma Hospedagem de Sites, você precisa especificar seu caminho completo – neste caso, o domínio com o subdomínio apropriado anexado a ele.
Então, apenas para recapitular: um FQDN é o nome de domínio para um recurso específico. Se você está simplesmente tentando acessar a página inicial em “myserver.com”, então “myserver.com” é o FQDN para a página inicial. Da mesma forma, se você está tentando acessar o servidor de e-mail em “mail.myserver.com”, então “mail.myserver.com” é – você adivinhou – o FQDN para o servidor de e-mail.
Entretanto, um FQDN não é o único tipo de nome de domínio “qualificado”. Na próxima seção, vamos dar uma olhada nos nomes de domínio parcialmente qualificados e como eles diferem dos FQDNs.
FQDN vs Nome de Domínio Parcialmente Qualificado (PQDN)
Um nome de domínio parcialmente qualificado (ou PQDN) especifica apenas parte de um nome de domínio. Este é geralmente o nome do host, como “myserver.com” ao invés do FQDN completo “mail.myserver.com”
Entretanto, um PQDN pode ser qualquer parte de um FQDN. Por exemplo, confira o slide abaixo.
Embora você não precise se preocupar com “strings nulas” e outros jargões, dê uma olhada cuidadosa nas duas caixas na parte inferior do slide.
Veja os três exemplos de FQDNs (“challenger.atc.fhda.edu”, etc.) e o PQDN associado para cada um. Note como um PQDN pode ser qualquer segmento parcial de um FQDN, como apenas o “www” em “www.funny.int”
Mas por que se preocupar em fazer a distinção ou mesmo se preocupar com os PQDNs em primeiro lugar?
A maioria das razões são em grande parte técnicas – e não vamos aborrecê-lo com elas. No entanto, se você está planejando usar um FQDN para seu blog ou site (o que provavelmente deveria), considerar algum PQDN é fundamental para torná-lo acessível.
Por exemplo, se um usuário usa um PQDN para acessar seu site, você pode querer habilitar configurações que preencham automaticamente as partes faltantes para criar um FQDN e redirecioná-los para um recurso específico. A maioria dos provedores de hospedagem oferecerá diferentes opções para ajustar essa configuração.
Embora os detalhes técnicos estejam além do escopo deste artigo (e podem variar entre os provedores de hospedagem de qualquer maneira), é importante ter isso em mente. Conseguir converter um PQDN em um FQDN automaticamente é a principal razão pela qual os provedores de hospedagem de sites devem estar cientes dos FQDNs em primeiro lugar!
Vamos concluir com mais um exemplo para amarrar tudo.
Um exemplo de apartamento
Lembra do nosso prédio de apartamentos mencionado anteriormente? Bem, aqui está uma imagem dele.
Bastante elegante, certo?
Suponha que você acabou de se mudar para o apartamento superior direito mostrado na caixa vermelha (e felizmente você, é uma unidade de canto). Você recebe as chaves do locador e está pronto para atualizar seu endereço postal e começar a receber e-mails de spam novamente.
Agora, digamos que o número do seu apartamento seja #10 e o endereço do prédio, seja 123 Kinsta Drive. O que você escreveria como seu endereço?
O senso comum diria algo como “123 Kinsta Drive #10” ou “123-10 Kinsta Drive.” No entanto, se você especificasse apenas “123 Kinsta Drive,” sua correspondência apareceria apenas no saguão do prédio e não na sua caixa de correio. Da mesma forma, se você dissesse apenas “#10,” sua correspondência não chegaria a lugar algum.
Para garantir que sua correspondência chegue até você, você especifica seu endereço completo – 123 Kinsta Drive #10. Você pode pensar nisso como o FQDN do seu apartamento.
Da mesma forma, você pode pensar em “123 Kinsta Drive” como o PQDN (ou nome de domínio/provedor de hospedagem) do seu apartamento. Aqui, adicionar o número da sua unidade é o subdomínio que cria o FQDN (seu endereço completo).
Às vezes, o PQDN é suficiente tanto para provedores de hospedagem web quanto para prédios de apartamentos. Por exemplo, se o remetente especificou seu nome, mas não o número da sua unidade no endereço de envio, o porteiro do prédio pode reconhecer que foi destinado a você e completar o endereço. Isso é o mesmo que um provedor de hospedagem web reconhecer um PQDN e preencher as informações faltantes para completar um FQDN.
Ufa! Foi muita informação, mas espero que você tenha entendido a ideia agora.
Então, depois de tudo isso, qual é o benefício de ter um FQDN? Embora já tenhamos mencionado como ele pode ajudar os usuários a navegar até recursos específicos, existem mais alguns benefícios que tornam os FQDNs inestimáveis.
Por que ter um FQDN para o seu site?
Seja você um administrador do site ou apenas um visitante, usar um FQDN é útil por vários motivos possíveis. Aqui estão alguns dos benefícios mais comuns.
Mais conveniente do que um endereço IP
Existem duas maneiras de acessar um site: o FQDN do site ou o endereço IP.
A sigla IP, que significa Protocolo de Internet, é um conjunto de regras responsáveis por como os dados são formatados e enviados pela Internet. É esse conjunto de regras que nos permite visitar sites, baixar arquivos e muito mais.
Parte deste conjunto de regras é um esquema de endereçamento conhecido como endereço IP. Assim como nosso prédio de apartamentos em 123 Kinsta Drive, todo dispositivo conectado à Internet – seja um computador, servidor ou uma daquelas geladeiras inteligentes – tem seu próprio endereço IP. Acessar um site requer o envio de dados “por correspondência” de ida e volta entre o seu computador e o servidor do site.
Quando fornecemos um nome de domínio, estamos fornecendo uma etiqueta para um endereço IP. Por exemplo, um teste rápido mostra que o IP para o FQDN “kinsta.com” é 104.18.42.131.
Qual opção você preferiria digitar no seu navegador: uma sequência desconfortável de números ou simplesmente “kinsta.com?” Se você é como a maioria das pessoas, provavelmente optaria pelo nome de domínio.
Essa é a vantagem de se ter um FQDN dedicado. Mesmo que a maioria dos planos de hospedagem na web facilite a integração com nomes de domínio, essa não é a opção padrão. Assim, ter um FQDN ou nome de domínio para o seu site é fundamental para torná-lo acessível e fácil de navegar.
Na próxima seção, veremos que também é possível ter vários FQDNs para diferentes recursos.
Um caminho único para cada recurso
Algumas vezes, seu site pode ser mais do que apenas uma página na web. Talvez você queira ter um servidor de e-mail separado usando o mesmo nome de domínio, ou precise vincular a um servidor separado para hospedar um aplicativo ou uma plataforma de software.
Em qualquer um desses casos, adicionar esses recursos adicionais, como servidores para hospedar e-mail e aplicativos, normalmente exige um endereço IP separado para cada um. Consequentemente, cada recurso pode ter um FQDN distinto.
Por exemplo, o diagrama a seguir ilustra diversos dispositivos pessoais (clientes) conectando-se a servidores através da Internet.
Aqui, cada servidor no diagrama poderia cumprir uma função diferente no mesmo site, como um ser um servidor web e o outro um servidor de e-mail. Entretanto, apesar de ser usado para o mesmo site, cada um pode ter um endereço IP ou FQDN separado.
Ter um FQDN separado para recursos distintos é extremamente conveniente quando se tenta acessar, digamos, o servidor de e-mail do seu site sem visitar a página inicial. Para os FQDNs, essa separação geralmente é feita usando subdomínios, como adicionar o prefixo “mail” a “myserver.com” para criar o FQDN “mail.myserver.com.”
Independente de como seja feito, os FQDNs facilitam muito a segmentação e o acesso a recursos específicos do seu site. Como veremos na próxima seção, isso também ajuda a manter as coisas organizadas.
Melhor organização
Ao atribuir FQDNs a seções distintas do seu site, você desfrutará de maior visibilidade e, ao mesmo tempo, manterá tudo organizado.
Embora a última seção tenha se concentrado em diferentes FQDNs para diferentes servidores, também é possível dividir um único servidor para criar vários servidores virtuais. Cada um desses servidores virtuais pode ter seu próprio endereço IP e, por extensão, FQDN.
Isso pode parecer um pouco sofisticado, mas é uma prática comum conhecida como virtualização. Na verdade, muitos serviços de hospedagem gerenciada fornecem recursos de virtualização.
Para um exemplo, confira a imagem abaixo.
Aqui, um único servidor é virtualmente dividido em múltiplos servidores usando a virtualização. A virtualização é tratada por um tipo especial de sistema operacional conhecido como hypervisor, que atribui uma parte do hardware físico do servidor (memória, CPU, etc.) a cada servidor virtual.
Se o servidor também estiver conectado à Internet (como um servidor web), então o hypervisor também pode atribuir endereços IP virtuais, que são acessíveis através de FQDNs. Enquanto o próprio servidor ainda terá apenas um endereço IP, o hypervisor pode ajudar a encaminhar o tráfego para diferentes servidores virtuais, dependendo do FQDN fornecido.
Mas não se preocupe muito com as especificidades da virtualização – é apenas um exemplo para mostrar como você pode estar organizado com FQDNs. Similar a este exemplo, você também pode usar FQDNs para acessar serviços e protocolos de domínio individuais (como o File Transfer Protocol ou FTP) no mesmo servidor.
Necessário para a obtenção de certificados SSL
Os certificados Secure Sockets Layer (SSL) só são concedidos a sites com FQDN. Como resultado, não é apenas benéfico para quem procura estabelecer confiança – é também uma necessidade.
Mas o que é um certificado SSL?
Quando você faz compras on-line, você pode (esperançosamente) notar que a barra do seu navegador muda quando você faz uma transação. Como mostrado na imagem acima, esta mudança é normalmente na forma de um cadeado e um “https” (ao invés de um simples “http”) antes da URL.
Pode ser uma mudança sutil, mas é uma mudança importante. A mudança é graças aos certificados SSL, que são pequenos arquivos de dados que protegem e criptografam a conexão entre um usuário e um site. Como resultado, os certificados SSL são extremamente importantes para transações seguras e para estabelecer confiança.
Entretanto, a única maneira de obter um certificado SSL é ter um FQDN para o seu site. Como os certificados SSL tentam vincular a identidade de uma organização a um local (como uma loja de eCommerce ao seu servidor físico),
Embora não vamos nos aprofundar muito nos tipos de certificados SSL, observe que um é necessário para cada FQDN no seu site. Em outras palavras, se o seu site tem FQDNs “www.myserver.com” e “shop.myserver.com”, então você precisará de dois certificados SSL se quiser proteger ambos.
Como domínios e certificados SSL geralmente custam dinheiro (a menos que você receba um grátis com os planos de hospedagem da Kinsta), normalmente é melhor proteger o FQDN onde uma conexão segura é necessária. Por exemplo, “shop.myserver.com” teria prioridade sobre “www.myserver.com,” supondo que os usuários estariam realizando transações seguras ali. Dessa forma, quando o usuário finaliza a compra, o tráfego HTTP será automaticamente direcionado para HTTPS e protegerá a conexão.
Ter um certificado SSL e FQDN também pode ajudar a aumentar à sua classificação nos mecanismos de pesquisa do Google e muito mais.
Alternativa mais fácil para conexões remotas
Um FQDN é geralmente a maneira mais conveniente de estabelecer conexões remotas. A seguinte captura de tela pode ser familiar para alguns usuários da empresa.
Pode parecer óbvio, mas especificar um FQDN para um host remoto ou máquina virtual não é a única opção disponível. Assim como conectar-se a um site com seu endereço IP, você também pode se conectar a um host remoto usando o endereço IP do host.
É claro, FQDNs e endereços IP ainda representam a mesma coisa. Entretanto, quando você estabelece uma conexão remota com um FQDN, o servidor DNS a compara com uma tabela de endereços IP vinculados. Uma vez que uma correspondência é encontrada, o servidor se conecta ao host remoto, que geralmente envia de volta uma solicitação de login.
Além de ser a opção mais conveniente, o uso de um FQDN às vezes é a sua única opção. Por exemplo, se você está tentando se conectar a um host remoto que não compartilha o mesmo provedor de serviços de Internet (ISP) que você, muitas vezes você precisará usar um FQDN. Isso para que o seu DNS possa resolver o nome e conectar você ao host correto.
Resumo
Um FQDN é uma maneira fácil e conveniente de especificar um caminho completo para um servidor ou host particular. Além de ser conveniente, ter um FQDN também é útil para organizar seus recursos, obter certificados SSL e conectar-se remotamente.
É claro que todo FQDN precisa de uma hospedagem gerenciada e confiável. Para mais informações sobre a Hospedagem de Aplicativos, Hospedagem de Banco de Dados e Hospedagem Gerenciada de WordPress da Kinsta, agende uma demonstração gratuita ou entre em contato com um especialista em hospedagem hoje.