Criar um tema WordPress com uma aparência incrível e desempenho impecável é essencial para qualquer desenvolvedor. Independentemente do seu nível de experiência, implementar uma estratégia robusta para testar seu tema pode ser a diferença entre um produto mediano e um sucesso marcante.

Neste guia, analisaremos os testes de temas do WordPress e exploraremos as ferramentas, as técnicas e as práticas recomendadas que elevarão a qualidade do seu tema. Este é o guia para você garantir que seu tema atenda aos mais altos padrões de desempenho, compatibilidade e experiência do usuário (UX).

Entendendo o teste de temas do WordPress

A criação de qualquer produto exige um processo de teste que é mais do que uma verificação final antes do lançamento. É uma parte integrante do processo de desenvolvimento que pode ajudar você a identificar e corrigir problemas antecipadamente, economizando tempo e recursos a longo prazo.

O teste de temas do WordPress permite que você garanta que seu tema funcione corretamente em vários ambientes, navegadores e dispositivos. Ele pode revelar problemas que você precisará resolver antes da publicação:

Embora o teste de temas do WordPress possa incluir correções de bugs, o processo geralmente ajuda você a criar um produto que se destacará no mercado.

Padrões de temas do WordPress em poucas palavras

O WordPress tem um conjunto estabelecido de padrões de codificação para garantir a consistência e a qualidade dos temas. Esses padrões não são apenas regras arbitrárias; eles são o resultado do refinamento de anos de experiência e colaboração da comunidade.

A equipe Make WordPress Themes aplica esses padrões para possíveis inclusões no Diretório de Temas do WordPress:

A página principal do Diretório de Temas do WordPress. Ela exibe uma grade de pré-visualizações de temas, incluindo Twenty Twenty-Four, Hello Theme do Elementor e Astra. Cada pré-visualização de tema mostra uma miniatura do design do tema e seu nome. O cabeçalho da página inclui opções para enviar um tema, visualizar empresas de temas comerciais e fazer login.
O Diretório de Temas do WordPress.

Os temas enviados ao diretório passam por uma análise minuciosa para garantir que atendam aos requisitos de qualidade e segurança da plataforma.

Como o Diretório de Temas é o repositório oficial – e o primeiro lugar que muitos vão procurar para encontrar um novo tema -, é fundamental que cada download seja executado como você espera, sem problemas de segurança ou grandes bugs. Esse alto padrão de qualidade é apenas um dos aspectos que fazem do WordPress a plataforma que ele é.

Por que você deve testar seguindo os padrões do WordPress

Atender aos padrões do WordPress não se trata apenas de aprovação para inclusão no Diretório de Temas. O objetivo mais profundo é criar um produto confiável e seguro que funcione para o usuário.

Há muitos motivos convincentes para você testar seu tema em relação aos padrões do WordPress, além do desejo de encontrá-lo em casa entre os concorrentes:

  • Preparar você para o futuro. O WordPress evolui constantemente. Dessa forma, se você aderir aos padrões atuais, será mais fácil manter e atualizar seu tema no futuro.
  • Compatibilidade. Se o seu tema seguir os padrões do WordPress, é mais provável que ele funcione com uma grande variedade de plugins e recursos principais do WordPress.
  • Desempenho. Muitos padrões do WordPress se concentram no desempenho. Segui-los pode ajudar a garantir que seu tema seja executado com mais eficiência.
  • Segurança. Os padrões incluem práticas recomendadas de segurança, o que ajuda a proteger seu tema e seus usuários contra possíveis vulnerabilidades.

O resultado final de direcionar esforços para esses aspectos é significativo: A confiança do usuário. A maioria dos usuários deseja um produto de qualidade que seja seguro, estável e livre de falhas.

Para aqueles familiarizados com o WordPress, um tema que atenda a esses padrões fortalece ainda mais a reputação da plataforma. Para novos usuários, temas de qualidade transmitem uma sensação de confiabilidade. Assim, seu tema pode ser o início de uma longa relação com a plataforma.

Com base em quais padrões o WordPress avaliará seu tema

A equipe Make WordPress Themes é fundamental e crucial para manter a qualidade dos temas no ecossistema da plataforma. Eles avaliam os temas com base em um conjunto abrangente de critérios:

  • Qualidade do código. Você não pode ter erros, avisos ou notificações de JavaScript, ou PHP. Seu tema também não pode usar constantes ou funções obsoletas. O WordPress também tem um conjunto separado de padrões de codificação com os quais você deve estar em conformidade.
  • Funcionalidade. Você não pode “manipular” as telas de visualização de edição, colocar a funcionalidade típica do WordPress atrás de um paywall ou realizar redirecionamentos após a ativação. Também há diretrizes para a exibição de notificações do administrador e para a inclusão de funcionalidades “sem apresentação”.
  • Acessibilidade. Os temas devem incluir links para pular e opções de navegação pelo teclado. Os links também devem usar sublinhados.
  • Licenciamento. Obviamente, os temas devem ser compatíveis com a Licença Pública Geral GNU (GPL). No entanto, você não precisa usar a mesma licença do WordPress – qualquer licença GPL compatível é válida.

Há também diretrizes relacionadas à promoção e à apresentação. Por exemplo, a equipe do Make WordPress Themes pode decidir rejeitar o seu tema com base no nome dele. Isso ocorrerá quando houver violação de marca registrada ou quando você escolher um nome inadequado.

Além disso, há restrições quanto à colocação de créditos – mesmo assim, você só pode adicioná-los a style.css:

Uma janela do editor de código exibindo o arquivo style.css do tema WordPress Twenty Twenty-Four. A janela tem um fundo escuro com texto claro mostrando informações sobre o tema, como o nome, o autor, a descrição e vários recursos e tags do tema.
Um arquivo style.css.

Há também algumas orientações sobre contas de autor, como quantas contas você pode ter e a frequência de envio de temas. A maioria dos elementos exigidos está centrada em aspectos de desenvolvimento técnico.

Padrões técnicos do WordPress

Dos 14 requisitos para o envio de um tema ao WordPress, os relacionados às configurações do tema, arquivos e ao uso de blocos constituem uma grande parte.

Quando se trata de temas clássicos e temas de blocos, há mais orientações disponíveis para os primeiros:

  • Temas clássicos. É necessário incluir diversas funções, às vezes em localizações específicas dentro do código. O mesmo se aplica ao uso de templates.
  • Temas de blocos. Seguir os padrões para temas de blocos é mais simples, pois você precisa incluir apenas quatro arquivos. Se seus templates de bloco também estiverem completos, seu tema atenderá aos padrões técnicos para várias exigências.

Existem muitos requisitos relacionados a configurações. Por exemplo, você deve usar hooks específicos para exibir notificações e definir a permanência dessas notificações de acordo com as diretrizes do processo de revisão.

Uma parte do painel de controle do WordPress mostrando a seção artigos. Na parte superior, há um banner azul promovendo o plugin Revive Old Posts. Abaixo estão as abas que exibem as estatísticas dos artigos, incluindo 106 artigos no total, 103 publicados, um sticky, dois agendados e um artigo de rascunho.
Uma notificação do administrador no painel do WordPress.

Há um controle rigoroso para armazenar opções no banco de dados. É necessário usar um único array, mesmo para várias configurações, com as convenções de nomenclatura corretas. No que diz respeito ao painel do WordPress, você só pode usar os elementos principais da interface do usuário (UI), e qualquer estilo deve se manter dentro dos limites da página administrativa do tema.

O painel de controle do WordPress mostrando a página Generate Comments do plugin FakerPress. A página contém vários campos para configurar a geração de comentários, incluindo tipo, tipo de post, quantidade, intervalo de datas, tamanho do conteúdo e opções de HTML. Na barra lateral esquerda, exibe-se o menu padrão de administração do WordPress.
A tela de configurações dos Comentários do FakerPress.

Você também precisa monitorar os arquivos que inclui em seu tema. Todo tema precisa incluir um arquivo readme.txt, por exemplo. A preparação dos arquivos (como a remoção de código premium ou diretórios supérfluos) é outro requisito, assim como a inclusão de todos os scripts e mídias do seu tema, em vez de usar fontes remotas. Isso também se aplica a scripts reduzidos: você também deve incluir o arquivo original completo.

Atender a todos os requisitos do WordPress para o seu tema pode parecer um incômodo, especialmente se você não planeja enviar para o diretório oficial. Mesmo assim, esses padrões fornecem uma excelente estrutura para ajudar você a entregar um produto de qualidade.

Por que atender aos padrões do WordPress pode ajudar na qualidade do seu tema

Para colocar seu tema no diretório oficial, você deve atender às diretrizes do Make WordPress Theme. No entanto, considere uma agência que cria temas personalizados para clientes. Muitas vezes, esses temas não precisarão ser enviados ao Diretório de Temas, pois não haverá distribuição em massa. No entanto, se você seguir as diretrizes e os requisitos, ainda poderá obter benefícios para todos os temas do WordPress, inclusive:

  • Consistência. Os padrões fornecem uma estrutura comum, facilitando o trabalho conjunto das equipes em um projeto.
  • Eficiência. Você pode acelerar o tempo de desenvolvimento seguindo os padrões estabelecidos. Isso também pode reduzir a necessidade de personalizações extensas no futuro.
  • Capacidade de manutenção. O código padronizado é mais fácil de manter e atualizar. Essa é outra maneira de você economizar tempo e recursos a longo prazo.
  • Satisfação do cliente. Os temas que aderem aos padrões do WordPress têm mais chances de proporcionar aos seus clientes uma experiência tranquila e sem falhas.

Além de tudo isso, você dá ao seu tema flexibilidade para o futuro. Considere uma situação em que um cliente rejeite um tema para um projeto ou rescinda o contrato. Um tema que atenda aos padrões e requisitos do WordPress é um tema que você pode reutilizar em uma oferta de produto sem muito trabalho extra.

Resumindo, mesmo que você não queira segmentar o Diretório de Temas do WordPress, atender aos requisitos da plataforma pode melhorar a qualidade e a comercialização de seus temas. No mínimo, você demonstra profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode ser um forte argumento de venda para clientes em potencial.

As ferramentas essenciais que você precisa para testar temas do WordPress

Como qualquer profissional, os desenvolvedores do WordPress precisam de um kit de ferramentas robusto e adaptável que abranja vários aspectos da criação de um tema e de seu desempenho.

Considere os padrões de codificação do WordPress e os requisitos da equipe Make WordPress Themes como seus manuais de instruções. Você também não precisa verificar cada um deles manualmente. Em vez disso, você pode automatizar isso com os plugins Theme Check e Theme Sniffer.

A imagem do cabeçalho do plugin Theme Check no WordPress.org exibe um checklist simplificado baseado em ícones ou um rastreador de progresso em um fundo vermelho escuro. O checklist mostra três ícones circulares alinhados verticalmente à direita da imagem. Os dois primeiros círculos contêm marcas de seleção verdes, enquanto o último está vazio, sugerindo duas etapas concluídas e uma pendente.
Plugin Theme Check do WordPress.org.

Ambos executam testes em seu tema e exibem as áreas que podem não atender aos requisitos atuais. O Theme Sniffer tem alguns testes mais abrangentes e usa “sniffs” personalizados para o script PHP_CodeSniffer para ajudar a detectar violações de padrões.

Você também poderá contar com as ferramentas de desenvolvimento do seu navegador para inspecionar e depurar seu HTML, CSS e JavaScript. Para depuração específica do WordPress, é quase impossível fazer isso sem o modo de depuração da própria plataforma. O plugin Debug Bar adiciona um menu de depuração ao painel do WordPress que extrai esse modo.

A imagem do cabeçalho do plugin Debug Bar no WordPress.org exibe um painel de depuração mostrando a versão do PHP (7.0.3), a versão do MySQL (5.5.5) e o uso de memória (3.708.912 bytes). O painel também exibe informações de consultas, com 12 consultas totais levando 14,3 ms para serem executadas. Uma consulta MySQL que seleciona da tabela wp_options também é visível.
Plugin Debug Bar do WordPress.org.

Há alguns outros plugins que também podem ser úteis para você testar seu tema:

  • Query Monitor. Esse painel de ferramentas fornece insights sobre consultas a bancos de dados, hooks, condicionais e muito mais.
  • Log Deprecated Notices. Se o seu tema usar arquivos, funções e argumentos de funções obsoletos, esse plugin irá identificá-lo. É uma boa maneira de manter seu tema atualizado com as versões mais recentes do WordPress.
  • Monster Widget. Os temas clássicos usam widgets, e esse plugin adiciona um único widget ao seu site que contém todos os widgets principais disponíveis. O objetivo é permitir que você teste as áreas de widgets com eficiência.

Talvez você não use todos esses plugins e ferramentas durante seu fluxo de trabalho de teste de temas do WordPress. Esse é o objetivo da sua caixa de ferramentas: cada componente tem uma finalidade e ajuda você a corrigir problemas antes que eles se tornem problemas.

Teste de tema do WordPress: Configurando seu ambiente de teste

Com sua caixa de ferramentas pronta, você pode definir sua área de trabalho. Para o teste de temas do WordPress, isso significa criar um ambiente de teste e desenvolvimento adequado. A ideia é garantir que você possa repetir qualquer teste e obter resultados precisos.

É possível que você já tenha grande parte desse processo pronto para funcionar sem nenhuma configuração adicional. Certamente, os desenvolvedores regulares do WordPress terão um dos seguintes recursos disponíveis sem esforço:

  • Um ambiente de desenvolvimento local. Uma configuração do WordPress em sua máquina local permite que você execute testes sem afetar seu site ativo. O DevKinsta é uma das melhores opções disponíveis para isso.
  • Várias versões do WordPress. Você deve realizar testes em várias versões mais antigas do WordPress para obter compatibilidade máxima.
  • Várias versões do PHP. Por extensão, esses testes devem ser executados em diferentes versões do PHP ou em qualquer outra tecnologia importante que seu tema exija.
  • Plugins populares. Para garantir que você faça testes com uma configuração realista, é uma boa ideia instalar e ativar alguns dos plugins mais populares do WordPress. Isso ajuda a identificar problemas de compatibilidade e analisar o desempenho do tema em um ambiente típico.
  • Vários dispositivos e navegadores. Ao testar seu tema em vários dispositivos e navegadores, você garantirá que ele tenha uma ótima aparência e funcione de forma consistente em todas as plataformas.

Depois de instalar os componentes do seu ambiente, você precisará configurar o WordPress para depuração. Para fazer isso, abra o arquivo wp-config.php usando o método que você preferir. O protocolo de transferência segura de arquivos (SFTP) ou o Secure Shell (SSH) são ideais para você.

Quando o arquivo wp-config.php estiver aberto, adicione as seguintes linhas:

define( 'WP_DEBUG', true );
define( 'WP_DEBUG_LOG', true );
define( 'WP_DEBUG_DISPLAY', false );

Isso ativa o modo de depuração do WordPress, registra os erros em um arquivo e impede que qualquer um deles seja exibido no frontend. Isso é algo que você também pode desativar novamente para carregar o site de teste em um servidor ativo.

Theme Unit Test Data: Conteúdo auxiliar do WordPress que ajuda você a atender aos padrões do temas

Há um elemento adicional no teste de temas WordPress que pode ser crucial para identificar bugs ou problemas em casos extremos: O Theme Unit Test Data. Trata-se de um arquivo XML que contém uma grande variedade de tipos de conteúdo e casos extremos, que você carrega em seu site por meio do painel do WordPress.

O painel de controle do WordPress exibindo a tela de Artigos. A interface mostra uma tabela listando vários artigos do blog com colunas para título, autor, categorias, tags e data de publicação. A barra lateral à esquerda exibe as várias opções de navegação da área administrativa do WordPress.
A tela de artigos do WordPress exibindo conteúdo relacionado ao Theme Unit Test Data.

Veja por que isso é tão valioso:

  • Ele inclui diversos tipos de conteúdo, como artigos, páginas, comentários e mídias, permitindo testar como o tema lida com diferentes cenários de conteúdo.
  • Os dados incluem elementos como títulos muito longos, artigos sem título e comentários aninhados. Esses casos extremos são importantes para garantir que os usuários possam personalizar o tema sem problemas.
  • Diferentes opções de formatação permitem testar se o tema estiliza o conteúdo conforme o esperado. O arquivo XML inclui conteúdo e mídias para esse propósito.
  • Há conteúdo em diferentes idiomas, incluindo caracteres que podem causar erros de formatação.

Você pode encontrar o arquivo XML de dados de teste de unidade de tema no repositório oficial do WordPress no GitHub ou no Make WordPress Themes Handbook. Depois que você fizer o download, vá para a tela Ferramentas > Importar no WordPress:

A página de opções de importação do WordPress. A barra lateral esquerda mostra itens do menu, como Painel de Controle, Artigos, Mídia e Ferramentas. A área principal exibe uma lista de diferentes plataformas das quais os usuários podem importar conteúdo, incluindo Blogger, LiveJournal, Movable Type, RSS, Tumblr e o próprio WordPress. Cada opção possui links para Instalar Agora e Detalhes.
A página Importar no painel do WordPress.

Isso exibirá uma lista de opções de importação disponíveis. Escolha Instalar Agora para o WordPress. Alternativamente, você pode instalar o plugin WordPress Importer. O link de instalação mudará para Executar Importador. Clique nele para abrir uma caixa de diálogo de upload. Em seguida, escolha o arquivo XML e clique no botão Enviar arquivo e importar:

A página Importar WordPress, especificamente para importar conteúdo do WordPress. Mostra instruções para carregar um arquivo WordPress eXtended RSS (WXR). Há um botão para escolher o arquivo, com tamanho máximo de 128 MB, e um botão azul de envio abaixo.
A tela Importar WordPress exibindo um arquivo pronto para importação.

O conteúdo que será importado vem com outros perfis de usuário. A tela Importar WordPress permite que você escolha se deseja importá-los juntamente com o conteúdo. Como alternativa, você pode criar seu próprio usuário ou atribuir esse conteúdo a um usuário que já exista no seu site:

A tela Importar WordPress para atribuir autores ao conteúdo. Há campos para criar novos usuários ou atribuir artigos a usuários existentes para dois autores importados: Theme Buster e Theme Reviewer. Na parte inferior, há uma caixa de seleção para importar anexos de arquivos e um botão Enviar.
A tela de diálogo Importar WordPress, exibindo a opção de atribuir autores ao conteúdo.

É recomendável que você marque a caixa de seleção Baixar e importar anexos de arquivos. Isso simula uma experiência típica do WordPress. Após clicar em Enviar, o WordPress levará alguns instantes para importar o conteúdo, os usuários e as mídias. A partir daí, você poderá testar como o tema lida com diversos tipos de conteúdo e cenários para garantir que ele atenda aos requisitos de exibição e formatação de conteúdo.

Os fundamentos do teste de temas

Ter o fluxo de trabalho correto é fundamental para que você tenha uma experiência tranquila e sem problemas. Isso é especialmente verdadeiro quando você tem uma longa lista de ferramentas e plugins extras para gerenciar. Depois de ter um ambiente de teste estável, você pode avaliar as etapas necessárias para o teste.

O segredo do teste de temas do WordPress é que ele é iterativo e fluido. Não há um fluxo de trabalho linear, fixo e passo a passo. Em vez disso, há uma série de tarefas que você pode concluir na ordem que escolher.

Por exemplo, seu fluxo de trabalho provavelmente incluirá pelo menos uma ou todas as etapas a seguir:

  • Ativação do modo de depuração.
  • Execução dos plugins Theme Check ou Theme Sniffer.
  • Teste com os dados de teste da unidade de tema.
  • Solução de problemas usando o DevTools do navegador.

O teste das opções e personalizações do tema pode ocorrer em vários pontos. Essa área será revisada durante todo o processo. O mesmo se aplica à verificação da compatibilidade do plugin. Essas duas áreas serão avaliadas constantemente. Outros testes que você realizar geralmente girarão em torno dessas áreas.

A fase de depuração frequentemente seguirá seus testes, embora haja alguma sobreposição. No final, o teste de temas WordPress foca em áreas relacionadas à funcionalidade, desempenho, segurança, acessibilidade e adequação do código.

Quando você tiver um tema que passe nos testes, atenda aos requisitos oficiais do WordPress e não apresente bugs, o envio deve ser simples.

Áreas principais do teste técnico de temas WordPress

Com os fundamentos em mente, você pode explorar os principais aspectos do teste do seu tema. Assim como os fundamentos, essas áreas principais são iterativas e flexíveis. No entanto, faz sentido começar confirmando se o tema lida bem com as funcionalidades básicas.

Teste de funcionalidade

Em geral, o teste de funcionalidade garante que todos os aspectos do seu tema funcionem conforme o esperado. Um tema que não é compatível com a funcionalidade padrão do WordPress não é viável. Os dados de teste de unidade de tema são essenciais para isso, pois você pode inspecionar como o tema lida com situações típicas e casos extremos.

Por exemplo, você já terá artigos e páginas com conteúdo típico e atípico, então criar mais conteúdo geralmente não será necessário. O teste desse conteúdo é subjetivo e dependerá dos seus objetivos, do briefing de design, das preferências do cliente e outros fatores.

Para a maioria dos casos de uso, é importante que você teste o seguinte:

  • Para todos os blocos típicos e mais populares – como parágrafo, lista, imagem, título, como exemplos -, verifique como eles ficam no frontend. Verifique se há inconsistências no alinhamento, no espaçamento e na apresentação geral.
  • Teste a compatibilidade de múltiplas opções. Isso pode incluir as configurações principais do WordPress, os blocos disponíveis e até mesmo configurações de terceiros para outros plugins.
  • Se o seu tema tiver um blog, verifique se a seção de comentários exibe todo o conteúdo. Também é fundamental que você teste os comentários aninhados aqui para que o design e a funcionalidade funcionem conforme o esperado.
  • Teste blocos que se integrem ao seu tema. Por exemplo, o bloco de Comentários pode precisar de mais adaptações. Plugins de coleções de blocos de terceiros também devem ser testados individualmente para verificar compatibilidade.

Para temas clássicos, você deve testar as áreas de widget, a funcionalidade de shortcode, a navegação e outros elementos diferentes dos temas de bloco. Entretanto, a maioria dos temas deve funcionar com o Editor de Blocos como padrão, já que ele é o futuro do WordPress.

Teste do Editor de Blocos

Seu tema precisará ser totalmente compatível com os editores de blocos e de sites. Um ótimo lugar para começar é com os templates, acessíveis na na tela Design > Templates no Editor de Sites:

A interface do Editor de Sites do WordPress exibindo a página Templates. Ela mostra uma grade de miniaturas de templates, incluindo Todos os Arquivos, Página Inicial do Blog, Índice e outros templates de página. Cada miniatura exibe uma pré-visualização em estilo wireframe azul do layout do template.
A tela Templates do Editor de Sites do WordPress.

Aqui, você deve confirmar que os templates são exibidos corretamente e podem ser editados sem erros. Usuários podem querer personalizar os templates do seu tema e até criar seus próprios templates.

A interface Styles (Estilos) é outra ferramenta de personalização fundamental no Editor de Sites, sendo um fator importante para determinar a qualidade do tema.

A interface de Estilos do Editor de Sites do WordPress. A área principal mostra um fundo azul com texto branco. A barra lateral direita revela o editor de Estilos do site, especificamente as configurações de paleta de cores.
A interface Estilos do Editor de Sites do WordPress.

Você pode experimentar as configurações para verificar se é possível realizar personalizações típicas. Em outros casos, pode trabalhar com configurações de layout para garantir que tudo funcione bem em conjunto.

Outros elementos dos temas baseados em blocos que precisam de atenção:

  • Theme.json. Teste minuciosamente o arquivo theme.json para garantir que você configure corretamente os estilos e as definições globais.
  • Variações de blocos. Se o seu tema usa variações personalizadas de blocos, é importante testá-las em diferentes cenários.
  • Templates personalizados de blocos. Para templates personalizados e partes relevantes de templates, revise-os à medida que avança, para evitar introduzir bugs ou erros.

Além desses testes, verifique funcionalidades técnicas, como garantir que todos os hooks de ação e filtro funcionem corretamente. Caso seja relevante, teste seu tema com o WooCommerce ou outros plugins de eCommerce.

Compatibilidade de plugins

Um site WordPress provavelmente usará vários plugins ao longo de sua vida útil. Como existem muitos plugins e combinações, é difícil levar em conta todos os casos de uso.

Isso pode ser uma dor de cabeça. Embora esteja claro que você precisa testar seu tema com alguns plugins, é difícil saber quais são eles. Nossa recomendação é que você teste usando um pouco de tudo:

Você deve procurar conflitos perceptíveis e, em seguida, trabalhar nos problemas menores. Muitos temas usam a compatibilidade de plugins em seus materiais de marketing, portanto, dedicar tempo a essa área pode aumentar sua credibilidade.

Teste de acessibilidade

Nem todos os usuários possuem visão perfeita ou membros funcionais. Isso não deve ser uma barreira para usar seu tema, o que significa que você precisa realizar testes de acessibilidade antes do lançamento.

O WordPress tem suas próprias diretrizes de acessibilidade, fornecidas pela equipe Make WordPress Accessible. Uma boa abordagem para você fazer seus próprios testes é estudar as práticas de acessibilidade mais benéficas. Há várias categorias a considerar:

  • Desenvolvimento. Isso abrange aspectos como o uso de paginação em vez de rolagem infinita, rotular corretamente os formulários da web, usar HTML semântico, implementar a hierarquia correta de cabeçalhos e muito mais.
  • Conteúdo. Essas práticas são simples, como abrir links na mesma aba, adicionar descrições de texto ALT e aplicar a legibilidade.
  • Design. O tamanho da fonte e o contraste de cores são tópicos importantes quando se trata de acessibilidade, portanto, você deve se concentrar neles durante o desenvolvimento. Você deve se concentrar neles durante o desenvolvimento. O estágio de teste é mais voltado para refinamento.

Muitas dessas práticas também serão compatíveis e alinhadas com as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo da Web (WCAG) 2.0. Você pode encontrar checklists para identificar e testar elementos relacionados à acessibilidade na web. Ao passar pelas verificações de desenvolvimento, conteúdo e design, você dará ao seu tema uma excelente base. Há até cursos completos disponíveis para aprender a aplicar testes de acessibilidade web aos seus projetos.

Ferramentas para teste de acessibilidade

Quando se trata de ferramentas adequadas, há duas recomendações:

  • axe. Desenvolvido pela Deque, o axe funciona como parte das DevTools do navegador e automatiza uma série de testes em segundos.
  • WAVE. Criado pela WebAIM, o WAVE pode ser usado diretamente no navegador ou por meio de uma extensão.

Usar ambas as ferramentas em conjunto é uma excelente abordagem. Por exemplo, você pode começar com uma análise rápida utilizando o axe:

Uma captura de tela de um site WordPress mostrando os resultados de testes de acessibilidade nas DevTools do navegador. Abaixo da área principal de conteúdo, um relatório aponta 34 problemas de acessibilidade, incluindo 24 problemas de contraste de cores e nove problemas relacionados a funções ARIA.
A ferramenta axe no painel de inspeção do desenvolvedor do navegador.

Isso é tão simples quanto clicar para iniciar uma varredura completa da página. Os resultados destacam áreas a serem consideradas e possíveis soluções.

O WAVE pode parecer intimidador, especialmente se houver muitos problemas para resolver. No entanto, seu resumo da ordem e estrutura do conteúdo é inestimável para avaliar como o tema funcionará com leitores de tela:

A interface da ferramenta de avaliação de acessibilidade web WAVE para um site WordPress. O painel esquerdo exibe informações de acessibilidade, com a aba Ordem selecionada. Ele lista os elementos da página na ordem de leitura. O painel direito exibe a página inicial do site.
A ferramenta de acessibilidade WAVE exibida em uma barra lateral à esquerda.

Uma abordagem recomendada é resolver problemas amplos com o axe, como alertas gerais de contraste de cores, e depois se aprofundar em preocupações mais específicas usando o WAVE. Dessa forma, você pode garantir que o conteúdo tenha a hierarquia e estrutura corretas de cabeçalhos, entradas de formulário acessíveis e rótulos adequados.

Além disso, teste a navegação por teclado e experimente usar seu tema com um leitor de tela para entender a experiência do usuário. Testar a acessibilidade do tema não é apenas um aspecto desejável — é essencial para criar uma web mais inclusiva.

Teste de desempenho

Testar o desempenho do seu tema garante que ele funcione bem para os usuários. Isso também pode ser um ângulo importante para o seu marketing. Muitos temas promovem um desempenho excelente, o que prova a importância disso.

A mesma metodologia para testar o desempenho web também se aplica aos testes de temas do WordPress. Há uma maneira completa de fazer isso, embora suas ferramentas possam ser diferentes.

Por exemplo, o PageSpeedInsights ou o Lighthouse do Google são ideais. Uma ferramenta como o WebPageTest pode ser uma boa alternativa se você quiser uma segunda opinião. Independentemente disso, há muitas ferramentas de teste de desempenho disponíveis, e você pode escolher a que melhor se adapta às suas necessidades.

Quando se trata do que você deve testar, há algumas áreas principais nas quais você deve se concentrar:

  • Core Web Vitals: Certifique-se de que estão em bom estado, pois são a base do desempenho do tema.
  • Minimizar solicitações HTTP e otimizar o carregamento de recursos: Isso ajudará a gerenciar os recursos de forma mais eficiente.
  • Query Monitor: Use essa ferramenta para identificar e otimizar consultas ao banco de dados.
  • Imagens incluídas no tema: Certifique-se de que estão no tamanho ideal e comprimidas antes de serem incluídas no pacote final.

A escolha do design responsivo ou adaptável deve ser feita logo no início do desenvolvimento do tema. Seja qual for a sua escolha, você deve testá-la para confirmar que funciona como você pretende. Evite rolagem horizontal, necessidade de zoom no conteúdo, alvos de toque pequenos ou layouts que não se ajustem ao tamanho da tela.

Nesse ponto, você pode realizar testes entre navegadores. O BrowserStack é uma ótima ferramenta para esse trabalho:

A página inicial do BrowserStack, uma plataforma de teste entre navegadores. O cabeçalho inclui links de navegação. O título principal diz
O site do BrowserStack.

Por fim, embora os tempos de resposta do servidor não estejam diretamente relacionados ao teste de temas, eles serão importantes para os usuários finais. Você pode recomendar provedores adequados em sua documentação ou marketing. É claro que a Kinsta é incrivelmente rápida, robusta e segura.

Teste de segurança

O teste de segurança do WordPress deve ser uma prioridade máxima para você. A equipe do WordPress fornece muita documentação sobre como garantir que seu tema seja seguro para uso.

Tenha em mente esses princípios:

  • Valide e sane todos os dados recebidos pelo seu tema. É recomendável adotar uma abordagem cautelosa em relação às entradas dos usuários, priorizando a validação em vez da sanitização.
  • Fuja de todos os dados de fontes não confiáveis o mais tarde possível — geralmente na etapa de saída.
  • Apoie-se nas APIs do WordPress, pois elas serão maneiras seguras de lidar com quaisquer dados dentro do seu tema.
  • Os nonces do WordPress são hashes que ajudam a proteger, validar e autenticar solicitações. Não são métodos de proteção de linha de frente, mas fortalecem a segurança já implementada.

Cross-Site Scripting (XSS), Cross-Site Request Forgeries (CSRF) e injeções de SQL representam algumas das vulnerabilidades mais comuns dos sites do WordPress. Seu tema deve ser estanque quando se trata de proteção contra elas. Seguindo esses princípios básicos de segurança de temas, você chegará o mais próximo possível desse objetivo.

Práticas típicas para tornar o fluxo de trabalho de desenvolvimento de temas mais eficiente

Para desenvolver temas em uma agência, você precisa de uma abordagem diferente da de projetos individuais ou pequenos. Você precisa de mais estrutura, consistência e eficiência. Você pode conseguir isso desenvolvendo seus próprios padrões de codificação internos para complementar os do WordPress. Você pode usar fluxos de trabalho colaborativos usando o Jira ou o Trello para rastrear problemas e bugs.

A interface de gerenciamento de projetos do Jira exibindo um quadro de tarefas com três seções principais: Lançamento de Marketing, Sprint do iOS e Backlog. Cada seção contém tarefas com seus status (A Fazer, Em Progresso, Concluído) e membros da equipe atribuídos, representados por fotos de perfil circulares. O quadro demonstra uma abordagem estruturada para organizar e rastrear tarefas de projetos.
A interface do Jira.

Quando se trata de garantir que sua equipe se alinhe à necessidade geral de qualidade, há algumas práticas que podem ajudar:

  • Implemente um processo de revisão por pares. Isso pode ser tão simples quanto fazer com que os membros da equipe revisem o código uns dos outros antes das mesclagens. Em outras situações, você também pode considerar a programação em pares.
  • Desenvolva componentes reutilizáveis. Ao criar uma biblioteca de trechos de código e componentes reutilizáveis, você pode aumentar o tempo de desenvolvimento. Em alguns casos, você pode até criar uma estrutura completa para criar temas futuros.
  • Implemente procedimentos de teste abrangentes. Talvez você queira desenvolver uma lista de verificação de teste padronizada ou incluir o teste de aceitação do usuário (UAT) no seu fluxo de trabalho.

Algumas dessas implementações abrangem práticas típicas de DevOps e podem melhorar a qualidade do trabalho de sua agência. Por exemplo, a integração contínua e a implantação contínua (CI/CD) são uma das melhores implementações que você pode fazer. Com as ferramentas certas no seu pipeline, isso pode ajudar você a automatizar o processo de teste de várias maneiras. Além disso, o CI/CD é fácil de integrar ao fluxo de trabalho existente e pode economizar horas preciosas de testes.

Resumo

O teste de temas WordPress é essencial para garantir que seu produto seja robusto, confiável e funcional para os usuários. Seguir os padrões e requisitos oficiais do WordPress é indispensável caso você queira publicá-lo no Diretório de Temas do WordPress. Essas diretrizes também têm grande valor para o desenvolvimento de temas por agências e outros que não visam a publicação para consumo público.

Independentemente do objetivo, testes abrangentes de temas WordPress exigem investimento de tempo e esforço. Se você cobrir as áreas principais — funcionalidade, acessibilidade, desempenho, segurança e qualidade do código — estará atendendo às expectativas dos seus clientes. Seguir os padrões do WordPress também pode facilitar a reutilização de um tema no futuro, caso o relacionamento com um cliente termine.

Você tem alguma dica sobre teste de temas WordPress com base em sua experiência? Compartilhe na seção de comentários abaixo!

Jeremy Holcombe Kinsta

Editor de Conteúdo & Marketing na Kinsta, Desenvolvedor Web WordPress e Escritor de Conteúdo. Fora do universo WordPress, eu curto praia, golfe e filmes. Também enfrento problemas de gente alta ;).